Sem chefe por 6 meses, departamento de emergências ambientais ganhou diretor 35 dias após crise das manchas começar
Sem chefe por 6 meses, departamento de emergências ambientais ganhou diretor 35 dias após crise das manchas começar
Área do Ministério do Meio Ambiente responsável por implementar recuperação para situações de emergência ficou sem diretor do final de março até o início de outubro, quando as manchas de óleo já atingiam 140 localidades.
Por Patrícia Figueiredo, G1
Óleo é retirado de praia em Maragogi, em Alagoas — Foto: Diego Nigro/Reuters
O departamento responsável por definir estratégias para emergências ambientais no Ministério do Meio Ambiente ficou sem chefe por seis meses neste ano, e o cargo só foi ocupado 35 dias após o início da crise das manchas de óleo nas praias do Nordeste.
Subordinado à Secretaria de Qualidade Ambiental, o Departamento de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos teve sua diretora exonerada em março deste ano.
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O atual diretor, Luiz Gustavo Gallo Vilela, foi nomeado em 4 de outubro. A nomeação ocorreu após a aparição das primeiras manchas de óleo no litoral, quando o Ibama já contabilizava 136 locais atingidos pelo petróleo em 9 estados.
O G1 entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente e solicitou entrevista com o novo diretor e explicações sobre os motivos de o cargo ter ficado sem funcionário designado por seis meses, e não obteve retorno. Em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira (22), o ministro Ricardo Salles afirmou que órgãos atuam nas praias desde o aparecimento das manchas, e que esses órgãos não dependiam da nomeação no departamento.
"Não é que só começou a atuar quando virou coordenador operacional. A Marinha, o Ibama, a ANP e outros órgãos estão atuando desde o início de setembro. Portanto, não vamos confundir questões formais com questões de conteúdo. Todas as questões de mérito vinham sendo adotadas por esses órgãos que estão envolvidos", afirmou. (Confira o vídeo ao fim desta matéria)
Entre as responsabilidades deste departamento está a implementação de "políticas de prevenção, preparação, resposta e recuperação para situações de emergência ambiental" e a definição de estratégias para áreas contaminadas por resíduos perigosos.
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